quinta-feira, 25 de junho de 2020

Quantas vezes...

Quantas vezes vão ser necessárias ouvir, para entendermos o que por vezes não tem de ser entendido...
Quantas vezes vamos lamentar o que perdemos, quando afinal não aproveitamos quando o tínhamos...
Quantas vezes vamos trabalhar sem conseguir ver o que construímos...
Quantas vezes vamos sentir e não podemos falamos o que sentimos...
Quantas vezes vamos chorar e esconder nossas lágrimas...
Quantas vezes vamos querer viver e não conseguimos...
Quantas vezes vamos caminhar para descobrir que é apenas uma caminhada...
Quantas vezes vamos sorrir e pensar que podemos ferir alguém com a nossa alegria...
Quantas vezes vamos ficar parados, esperando alguém iniciar a partida...
Quantas vezes vamos amar e sentir que não somos amados...
Quantas vezes vamos lamentar o que não fomos capazes de ser...
Quantas vezes vão ser necessárias pensar o que afinal andamos cá a fazer...
Quantas vezes vamos seguir o outro, porque não sabemos para onde ir...
Quantas vezes vais rejeitar o que sentes, para não ferir...
Quantas vezes vamos perder tempo com medo de evoluir...
 
Não são questões, são frases para refletir, para ti e para mim...
 
A vida está acontecer agora! 
Se algo no passado não aconteceu da melhor forma, temos sempre uma oportunidade para corrigir essa aula. A melhor forma de o fazer é tomar consciência e mudar de atitude..
O medo vem de uma sensação, (sentimento) de desconhecimento ou perda daquilo que não te pertence, mas que o apego te mantém numa falsa sensação de conforto.
 
Abracem e amem mais...
 
Fernando Teixeira

sábado, 6 de junho de 2020

Perdendo vou-me encontrando...



Seguro da minha insegurança, caminho na confiança da minha fé, a renascida esperança sentida no nascimento de um bebé.
A conquista desse bem-estar, ficou gravado um belo dia, como uma recordação obtida da minha natureza.
Sem qualquer esforço sigo em frente, seguindo por um trilho já recalcado por alguém, por outro movimento, por outra gente.
Vou aparando a vegetação que tenta escurecer e evitar meu caminho. 
Vou rasgando silvas que me despertam nos arranhões, sentires visíveis em minhas lágrimas. 
Vou calcando a vegetação que teima tocar em mim, acordar a desistência da minha própria força.
Avistando uma nova paisagem, respiro de gratidão com a consciência dessa distância percorrida, uma curta distância entre a alma e coração.
Deparo-me  com um muro a tentar impedir minha alegria, como algodão doce que desapareceu como magia...
Um velho portão seguro pelo tempo, tenta salvar o meu dia, a ferrugem mostra sua experiência pintada de castanho escuro chorando pelas partículas da esquecida juventude.
De repente, a esperança sorri e seguimos viagem, acordando dessa miragem de viver afogado em angústias...
Faço por deixar algumas marcas na terra, como embalagens recicladas, lembrando que o lixo quando transformado, tem uma nova visão, uma nova oportunidade, sem a designada função para a qual foi lapidado.
Vou deixando pegadas, como sementes para pássaros, escrevendo o que sai da alma, sem qualquer compromisso ou ilusão.
Convicto que alguém as siga, vou desbravan