O Jardim.
Já aprendi a
olhar para o teu jardim, e não o criticar, não quero saber se regas as plantas,
se cortas a relva ou cuidas das árvores.
Já não me
incomoda a tua vedação, tão agressiva para o meu lado
a espreitar. Corto as pontas que me tapam o sol e cuido do meu, como se do
teu estivesse a tratar, e quando acordares, podes pedir ajuda, estarei do outro
lado da vedação, mas posso contigo falar. Esse passo és tu que o vais dar. Cada
um cuida do seu jardim, grande ou pequeno, e planta o que gosta para o
embelezar. O gosto desse trabalho, está no nosso interior, por isso não há
um jardim igual ao outro, cada um tem a sua beleza e a sua identidade, uma cor
diferente muda tudo, uma pedra a mais, até o pode embelezar.
Tenho várias
dicas para o mudares, mas tens de ser tu a cuidar dele, por isso podemos falar,
mas és tu que o tens de cultivar. Podemos até partilhar as experiências para
aperfeiçoamento de técnicas, mas as mesmas plantas, podem não ter o mesmo
brilho, nos dois jardins.
Eu gosto do meu jardim e vou continuar a cuida-lo,
e fico muito feliz, quando vir que o teu começou a florir. Só, ou talvez ai,
possas agradecer, o teu trabalho e dedicação ao sol que
também brilhou para o teu jardim.
Cuida dele, se não vem outro e cuida,
e jamais será o teu Jardim.
Fernando Teixeira
Interessante abordagem ao paradigma do cativar pelo exemplo, a fórmula mágica para ensinar ou fazer-se compreender.
ResponderEliminarGrata