Mãe querida...

 

 

Mãe, mulher amada e desejada,

Sedutora e apaixonada,

Mãe que religa a vida,

Uma missão programada.

 

Mãe que ama, com ou sem ferida,

Sofre calada na dúvida do tudo ou nada,

Trabalha, cuida, da amor e é amada,

Tem tempo para tudo, não deixa que falte nada.

Mãe que sofre todo o caminho,

No apego à família, que é em vão,

Não vive a vida tranquila,

Tem sempre um aperto no coração.

 

Mãe que sente alegria,

Quando a visitas em segredo,

Sentes o amor de Mãe,

No abraço do aconchego.

Mãe que dá e tira,

Educa e castiga,

Sorri e chora,

Perde a noite e o dia.

Mãe que protege seu filho,

Até do Pai, esconde o segredo,

Conta mais tarde com calma, na hora do aconchego, 

Mesmo dominada pelo medo.

 

Mãe que fica só um dia,

Esquecida da alegria,

Encostada no canto da vida,

Condenada ao degredo.

Mãe com fé no amor,

Do filho que a abandonou,

Não baixa os braços, reza sozinha,

Reza pelo filho que sempre sonhou, 

Queridas Mães, perdoai vossos filhos,

Não os deixeis na cruz dos caminhos,

Mostrai a luz do amor e carinho,

Mostrai o vosso coração divino. 

Mãe, de tantas horas a fio,

Perto ou distante, ela sente o teu vazio,

Apenas uma mensagem de, Bom dia!

Alegra o seu dia, com muito carinho.

Escuta teu coração, se grato a tua mãe,

Liga-lhe, ou visita hoje, agora neste momento,

Amanhã poderá ser muito tarde,

Podes até, nem chegar a tempo.

 

Mãe ser único e tantas vezes esquecido,

Trocado por um amor doentio,

Que só mais tarde entendemos,

O caminho errado escolhido.

Mãe, a mão sempre estendida,

para a queda não programada,

O Porto seguro de todos os filhos,

Quando não resta mais nada.

 

Gratidão minha Mãe,

Não te perturbes, és a melhor,

Agistes sempre com amor,

Até as palmadas tinham o teu calor.

 

Agora entendo porque ficavas acordada ate eu chegar,

Na autoestrada da juventude, a velocidade não nos deixa pensar,

Agora que tenho filhos, e na autoestrada estão a entrar,

Percebo o valor do ticket a pagar.

 

Mãe, tanta tinta para te pintar,

Em várias cores, como nos primeiros desenhos,

Onde o teu rosto não sai bonito, mas a cor transmitia o meu grito,

O de alegria, por seres minha Mãe, e deixares-me voar.

  

Mãe, grande Mulher,

Mestra da colher, que sempre deliciou meu paladar,

Com pouco, que na altura não dava para abusar,

Recordo sempre do docinho, que ao domingo, nunca deixou de nos deliciar.   

 

 

Feliz dia Mãe

Fernando Teixeira