Tenho o Prazer de partilhar convosco, a Coletânea da Amizade.




Hoje 30 de Julho, celebra-se o dia da amizade.
Grato amigos, por fazerem parte do caminho desconhecido.




O caminho é este
Não espera por ninguém
Quem acompanha os passos
Vê mais além

Sou muito grato queridos amigos
Acordar e iniciar o dia mimado
Com letrinhas por todo lado
Só posso dizer, a todos muito obrigado

Só por hoje, agradeço-te amizade
Não te irrites, quando te deixam cair
Não te preocupes quando falham contigo
Trabalha arduamente para florescer 
Sê bondosa para com todos os outros, amizade.


Fernando Teixeira

Sentir o Caminho

O caminho vai-se fazendo,
Da maneira que cada um vai vivendo,
Nas incertezas que cada um vai escolhendo
Só se almeja na fé que cada um vai tendo

Sentir o caminho só caminhando
Viver em paz, só lutando
Para vencer só trabalhando
Para amar alguém, só se amando

Todos os dias me tiram a força
Todos os dias volto a encantar
Todos os dias volto a sentir os olhares
Todos os dias rezo, para não desistir de lutar

Caminhar sozinho, alerta nossos passos
Caminhar devagarinho, alerta nosso olhar
Caminhar à deriva, nem sabemos onde vai dar
Caminhar pelos trilhos, sabemos sempre onde chegar

O saber não se ocupa do tempo
O tempo é que se ocupa em saber
Se no saber viver do tempo
Valeu a pena esse tempo viver.

Quanto mais tempo passa,
Mais minha Árvore cresce e floresce,
Fica bonita, cheia de vida e magia,
E quanto mais cresce, mais sombra aparece.

Caminhando pela areia
Minhas pegadas acabam por desistir
Não significa nada velas partir
Não são elas que me fazem prosseguir

Perco tanto tempo parado
A olhar para o infinito sentado
Sem obter nenhum resultado
Seguem os minutos e eu ali especado.

Queixas... Vejo eu por todo lado,
Não ouço ninguém agradecer,
O que de bom têm ao seu lado,
Não será moda dizer, Deus muito obrigado.


Fernando Teixeira

A Perfeição

Preciso de um banho,

Um banho de mar salgado,

Que me energize o sentir e o olhar, 

Que me acalme o pensar desorganizado.

Mar salgado que brilhas com o sol

Purificas-me com o teu sal ao mergulhar

Alegras quem te visita e respeita

Alimentas e ensinas a amar.

Ainda falho nos meus vícios

São poucos mas viciosos

Interferem no meu dia-a-dia

São tão poucos mas prazerosos. 

Tudo acontece à  pressa 

Nem tenho tempo de entender
Se parar novamente,

Fico ocupado sem nada fazer.

Desisto quando penso

Luto quando sinto

Entendo quando passa

Cresço quando perdoo

A perfeição não existe

A perfeição é tão perfeita

Que ainda não esta feita

No entanto, nunca se desiste

Mágico este nosso mundo

Imperfeito dentro da perfeição 

Todos vão dando as mãos 

Mas só tu, tens de tomar a decisão 

Continuo a observar as pessoas

E vejo tal onda de solidão 

Até as que estão de mãos dadas

Caminham com passos de desilusão 

O amor é o segredo do bem-estar 

O amor ultrapassa tudo que acontece

Sentir o amor não é para todos 

Da mais trabalho que parece.

Canto pra dentro como brincadeira

Porque não sei cantar de outra forma

Escrevo no papel ou na pantalha

Porque não sei falar na plateia.

Fernando Teixeira

                               

Qual tempo?

 

 

Tudo ao mesmo tempo,

Nem tenho o tal tempo,

Aquele que todos pedem,

"O meu tempo".

Qual tempo?

O espaço vazio, que não sabes como ocupar e como se por magia, fica cheio de ar, e jamais sabes como o enfrentar.

Não tenho tempo...

Digo eu, dizes tu,  dizem todos, que o tempo vêm passar.

E passou, nem tive tempo para amar.

Ouço eu, enquanto estou atento ao teu suspirar de falta de tempo.

Tempo, ainda há muito tempo, para tudo se alinhar.
 

Apenas um despertar de pensar, no pouco tempo de partilhar.

 

                                                                  Fernando Teixeira



Tenho o Prazer de partilhar convosco, um miminho...

Apresento-vos esta coletânea, na qual tive o gosto de participar,
e que dedico aos meus filhos, assim como a todas as crianças do mundo.

Que belo sentimento este,
A minha primeira participação
Uma belíssima coletânea,
Agradeço a todos de coração.

Fernando Teixeira   



 

“Crianças – Vários Autores”

Timidamente entregaste-me o livro, e sem levantar os olhos dizias : para que o veja, avalie…

Abri a capa cor de céu com roda de crianças que parecem atentas a algo além, quiçá aos cânticos desenhados em letras, por adultos que resgatam a sua própria infância através delas.

E no meio de extensas e proclamadas biografias…lá cheguei, ao teu poema! Que nos entra no coração sem róis titulares ou cognomes, e preenche-nos, com um espesso humanismo na 1ª pessoa vivido, na 2ª pessoa observado, e na 3ª pessoa pela experiência de um pai que decorre, em triplicado

Bravo, Fernando

 

                                               Maria Adelina   Maio/2018

 

Como escreveu Florbela Espanca:

“ Ser poeta é ser mais alto,
É ser maior do que os Homens
...
É ser mendigo e dar…
...

Rei do Reino de Aquém e Além Dor!

...

É ter cá dentro um astro que flameja,

...

É ter garras e asas de condor!

...

É ter fome, é ter sede de Infinito!

...

É condensar o mundo num só grito! ”

 

      Texto com supressões

 

Ser poeta é deixar aflorar toda a sensibilidade intrínseca, que muitas vezes se esconde no nosso dia a dia atarefado, atrás de um cansaço ignorante

Muitas vezes é morrer para o mundo que nos rodeia e renascer para um mundo de refúgio, numa passagem em que muitas vezes não nos damos conta, mas na qual estamos embevecidos pelas letras que transmitem sentimentos, emoções, vivências que… quando vamos aprofundar o que escrevemos… não somos nós. Não é aquilo que eu conheço de mim.
 

Talvez por isso é que “Ser poeta é ser maior…”, pois com a poesia, com toda a escrita há uma transcendência interior que me permite passar a conhecer mais e melhor.

É um… “como fui capaz de escrever algo tão belo?!”, “ Será que fui eu mesmo?!” Não duvides de ti! Não duvides das tuas capacidades que muitas vezes estão só à espera do mais ínfimo sinal para saltarem, saírem de dentro de ti para partilhares com os teus “ irmãos em energia”.

                                                                                               Maria Vieira, 31/05/2018